Terça é dia de Verissimo. E quinta também

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Todo leitor tem um autor de preferência. E eu nunca escondi de ninguém que o meu é Luis Fernando Verissimo.

Mas Verissimo, para mim, não é apenas meu autor favorito. Ainda que involuntariamente, este gênio das palavras é meu mentor. Praticamente um guru.

Alguém que me fez escolher Jornalismo para, um dia, com mais talento do que sorte, eu tentasse produzir algo parecido com o que ele produzia. Sim, parecido, apenas. Porque eu nunca tive a pretensão de escrever como ele. E, nem que eu tivesse, acho que conseguiria.

Verissimo é um mestre. Das letras e do humor sagaz. É daquelas cabeças privilegiadas que falam pouco e dizem muito. Não à toa é um contista ímpar!

Aliás, Verissimo não precisa mesmo falar. Basta que escreva; basta que crie. E o bom humor, em tempos do cólera – perdão, Gabriel García Márquez! -, faz a vida ficar menos densa, menos chata, menos burocrática, menos politicamente correta.

Luis Fernando Verissimo é uma joia da Literatura – e da Comunicação – brasileira. E eu só posso lhe ser grato por sua obra, seu estilo e seus irresistíveis personagens terem-me levado a descobrir minha real vocação, ainda que tardiamente: escrever. Escrever compulsivamente. Não com o brilhantismo, a profusão e o talento “verissimiano”, mas com a mesma paixão que esta grande figura já demonstrou ter pela Letras.

Verissimo também me mostrou – mais uma vez sem que ele próprio soubesse – que posso, sim, viver como escritor num País que pouco lê. Principalmente se, assim como ele, eu me dedicar a escrever para outros formatos, em outras linguagens, sem medo de encarar o novo. E assim nasceu o desafio de adaptar meu Histórias (Quase) Verídicas para o vídeo, no projeto Histórias (Quase) Verídicas, A Websérie – agora, possivelmente, mais curta-metragem que websérie. Por mais esta, também, obrigado, Verissimo!

Todo este quase tributo para dizer que, nesta semana, finalmente, terei a oportunidade de conhecer Luis Fernando Verissimo.

Nesta terça-feira 13, o autor gaúcho inaugura a série “Encontro com os Escritores”, da Universidade do Livro, em São Paulo (SP). Dois dias depois, abre o evento Pauliceia Literária, também na capital paulista. Na verdade, ele será o homenageado da edição 2016. Justo. Ou melhor, justíssimo!

Admito estar ansioso com esta oportunidade. Sobretudo, também, porque tive a audácia de enviar um exemplar do meu HQV para Verissimo no ano passado, após o lançamento. E quão emocionado não fiquei ao receber um e-mail, mês depois, com as seguintes palavras:

“Prezado Ricardo:
Recebi, sim, o seu livro, e já dei alguns mergulhos nele. Me parece muito bom. Parabéns
Um abraço
Luis Fernando”

Nem se eu fosse anunciado vencedor do Prêmio Nobel de Literatura teria ficado tão feliz, naquela ocasião, como fiquei com esta singela comunicação eletrônica. Até porque este foi o meu Nobel até agora – e me bastará se for o único, caros amigos suecos da Academia. Não se preocupem!

O que importa, mesmo, é que terça-feira é dia de Verissimo. E quinta também. E eu estou muito feliz por isso!

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