Terminei hoje meu sétimo livro de 2016: “Iugoslávia – Guerra Civil e Desintegração”, de Jurandir Soares, publicado pela editora Novo Século em 1999 e adquirido no excelente Estante Virtual.
Resolvi procurar uma obra que falasse sobre a região dos Bálcãs depois de um bate-papo informal com o grande amigo (santista como eu) Abílio Carvalho.
Abílio me relatou parte da saga de sua família, de origem portuguesa, tanto na Europa quanto aqui no Brasil. E me encorajou a buscar informações sobre minhas origens também.
Pelo lado paterno, sou bisneto de um japonês e de uma iugoslava. E se conhecia um pouco mais sobre a história do bisavô nipônico – e sobre o Japão e os japoneses no Brasil -, quase nada sabia sobre a Iugoslávia.
Fiquei fascinado com o livro de Jurandir Soares.
Embora a obra tenha sido publicada em 1999 – quando, portanto, a configuração geopolítica da região dos Balcãs ainda não era a atual -, sua leitura nos transporta para o seio do comunismo e de todo o sofrimento reinante naquele pedaço da Europa na última década do século XX.
Eu tinha pouco menos de 11 anos quando a União Soviética se desintegrou, o Muro de Berlim caiu e a Guerra Fria acabou. Minha lembrança dessa época, portanto, não é nada geopolítica.
“Iugoslávia” me permitiu compreender melhor os fatos, desmistificar alguns personagens – como Tito e Slobodan Milosevic – e imaginar como foi para meus trisavós, nascidos ainda sob o Império Austro Húngaro, viver naquele que já foi considerado o barril de pólvora do Velho Mundo.
Para quem gosta de história e geopolítica, a obra de Jurandir Soares é uma bela aula.